sábado, 14 de dezembro de 2013

CENA COTIDIANA, NÃO FOSSE O IMPREVISTO

Olhos na tela.
Um coração moribundo ocupa o assento no ônibus.

Dedos tocam telas.
Na parada, uma subida.
Aquele menino franzino
De porte de sua tela
Ouvia música sem fones de ouvido
Um solo de violino!

E a viagem segue seu itinerário.

Na rodovia, engarrafamento
Olhos de todos atentos pra fora
Pedaços de metal
Fumaça e fogo
Uma trilha de sangue pelo asfalto
Sacos pretos
Vidas despedaçadas

Acaba o trânsito
E os olhos retornam atentos às telas.

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